A reunião foi marcada pelo deputado Evandro Araújo que destacou os benefícios do acolhimento familiar como opção aos tradicionais abrigos institucionais
A Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) apoiará institucionalmente as ações do Poder Judiciário paranaense na promoção do acolhimento familiar em todo o estado. Foi o que garantiu, nesta quarta-feira (17), o presidente da ALEP, Ademar Traiano, ao deputado estadual Evandro Araújo (PSC), que atua com o tema no Legislativo, ao juiz do Tribunal de Justiça Drº Sérgio Kreuz e ao corregedor do Tribunal de Justiça, José Aniceto.
Segundo Traiano, o tema ganhará destaque nas futuras divulgações institucionais da ALEP e o parlamento também será parceiro de todas as ações e trabalhos do III Congresso Internacional de Acolhimento Familiar, que será realizado em Curitiba, de 13 a 15 de agosto, na Universidade Positivo.
A reunião foi marcada pelo deputado Evandro Araújo que destacou os benefícios do acolhimento familiar como opção aos tradicionais abrigos institucionais. “Do ponto de vista afetivo e psicológico, o acolhimento familiar traz mais benefícios à formação de crianças e adolescentes, pois cria um vínculo familiar e afetivo que as instituições tradicionais, infelizmente, não podem oferecer. Isto faz toda a diferença e tem se mostrado uma boa experiência”, explicou Araújo.
O juiz Sérgio Kreuz, que é o idealizador do congresso e fundador do maior serviço de acolhimento familiar do Brasil, em andamento no município de Cascavel, avaliou positivamente os resultados da reunião. “É uma honra contar com o apoio do Legislativo. Há vários projetos em andamento no Paraná e queremos espalhar por todo o estado”, afirmou.
De acordo com dados apresentados pelo juiz, o Paraná hoje é referência no tema, mas ainda há muita falta de conhecimento da população em geral, que poderia ampliar o alcance dos acolhimentos. O acolhimento familiar é bastante comum nos Estados Unidos e Europa.
O acolhimento familiar é uma medida protetiva, temporária e excepcional, prevista em lei pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), sendo uma alternativa ao acolhimento institucional (abrigos, casas-lares, educandários, orfanatos, etc) para crianças e adolescentes em situação de risco social que foram afastados de suas famílias de origem por decisão judicial. Nele, famílias acolhedoras previamente cadastradas, são selecionadas pelos municípios para exercerem os direitos e deveres parentais dos pais biológicos.
“A ideia é tirar as crianças de acolhimentos de instituições para acolhimentos em famílias, que é mais humanizado e permitem melhor desenvolvimento”, completou Kreuz.