Os deputados Evandro Araújo (PSC) e Tercilio Turini (PPS) começaram pela UEL a visita que será feita às sete universidades estaduais mantidas pelo governo do Estado. Nesta quinta (17), eles se reuniram com a reitora Berenice Jordão e outros dirigentes da instituição. Os parlamentares da Comissão de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior da Assembleia Legislativa estão fazendo um diagnóstico das principais dificuldades e demandas das instituições para depois buscar soluções conjuntas.
“Fiquei impactado com o que ouvi da reitora e dos dirigentes. Queremos contribuir com as universidades, principalmente nesse momento, em que o governo do Estado está enviando o orçamento para a Assembleia Legislativa”, comentou o deputado Evandro.
A Universidade Estadual de Maringá (UEM) será a próxima a receber a comissão de parlamentares, no dia 1º de outubro.
Demandas
A reitora da UEL, Berenice Quinzani Jordão, apresentou levantamento das demandas e necessidades da Universidade, com destaque para questões relacionadas aos recursos humanos, custeio e autonomia universitária. “São as questões que mais afligem as IEES, sendo preciso buscar caminhos alternativos e comuns para superar as dificuldades, sem prejudicar o processo de crescimento das Universidades”, destacou a reitora.
Na busca pelas soluções dos problemas, a reitora Berenice Quinzani Jordão defendeu ainda o repasse de dados e informações para um diagnóstico real da realidade das IES, responsáveis pela formação de profissionais, além da geração de conhecimento e desenvolvimento, que afetam diretamente as comunidades locais.
Segundo a reitora, no que diz respeito ao item recursos humanos é urgente a reposição de pessoal, pois os números mostram o déficit de pessoal, o que envolve inclusive a melhoria da política de reposição. A expectativa é que até 2022, cerca de 27% dos 1.650 professores da UEL estejam aposentados, sendo que dos mais de 3.400 agentes universitários, aproximadamente 34% também estariam na mesma condição.
Entre as dificuldades, segundo a reitora da UEL, também está o custeio, que exige correção anual dos limites orçamentários, liberação orçamentária e financeira, respeitando o total orçamentário. Outro desafio é a autonomia universitária, mas com garantias legais previstas na Constituição Federal. O caso da exclusão das IEES dos processos que prejudicam a gestão, como a autorização de viagens ao exterior, nomeação de professores e agentes universitários.
A reitora reforçou ainda o investimento em infraestrutura para manutenção do funcionamento do Campus Universitário no período de 2015 a 2018, orçado no valor de R$ 33.640. “Ao todo são seis os projetos de novos cursos aguardando autorização do estado para implantação”, completou. São os cursos de Nutrição, Engenharia de Produção, Engenharia Mecânica, Engenharia Química, Relações Internacionais e Biotecnologia.