Evandro foi enfático em cobrar que o novo modelo de pedágios do Paraná tenha ampla concorrência e vise a menor tarifa possível.
No segundo e último dia da audiência pública da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), nesta quinta-feira (25), para ouvir os paranaenses sobre o novo modelo de concessão das rodovias do estado, o tom crítico e de insatisfação com a proposta do governo federal continuou. A audiência da ANTT é o espaço oficial para que a proposta do novo pedágio seja debatida com a população em geral, para acolher reclamações e
sugestões.
Ao todo, nos dois dias, foram feitas 116 inscrições para contribuições com fala nas audiências. De forma quase unânime, os pedidos por licitação pela menor tarifa, sem limite de descontos no leilão; contra o modelo de outorga onerosa ou modelo híbrido de licitação e contra o degrau tarifário de 40% após a duplicação de trechos – pontos que estão previstos na proposta do Ministério da Infraestrutura (MInfra) – foram os mais citados.
O vice coordenador da Frente Parlamentar dos Pedágios da Assembleia Legislativa, deputado estadual Evandro Araújo (PSC), foi enfático em cobrar que o novo modelo de pedágios do Paraná tenha ampla concorrência e vise a menor tarifa possível. "Esperamos um leilão aberto, com concorrência pela menor tarifa e sem limitador de descontos. Também não é aceitável um aumento compulsório na tarifa em 40% após trechos duplicados e esse excesso de garantias às concessionárias, pois parece que o foco é a proteção do negócio e não do interesse dos paranaenses por outro modelo", questionou Araújo na audiência.
No fim da audiência, os técnicos da ANTT e do MInfra alegaram que as contribuições serão absorvidas dentro das possibilidades do projeto. "Tivemos mais de cem pessoas cobrando um modelo justo, com menor preço e obras. A posição do Paraná ficou muito clara e de forma maciça. Agora a nossa preocupação que é essas reclamações sejam, de fato, acolhidas. Se a audiência pública for efetiva, o projeto tem que ser mudado", completou Araújo.